O que é que pode ao mesmo tempo entreter o bebê, ajudá-lo a conquistar novas habilidades, tornar sua imaginação mais fértil, deixá-lo mais independente e, de quebra, criar rituais muito particulares e ricos com os pais? Se você pensou em um livro de histórias, acertou em cheio. Ler para bebês, mesmo antes de terem nascido, assim como apresentar livros para as crianças logo nos primeiros anos de vida, significa oferecer a eles uma cesta de benefícios embutidos em páginas coloridas, não importa se são de papel, plástico, tecido… “Ainda na barriga, o bebê pode ouvir histórias contadas pela mãe. Ele é um leitor ouvinte nessa fase, claro. Escutar a voz cadenciada da mãe é sempre um prazer para o bebê, que começa a ouvir ali pela 20ª semana da gestação”, diz a psicóloga e psicopedagoga Melissa Blanco. Segundo ela, é um princípio semelhante ao de oferecer música aos ouvidos do feto. “Claro que o bebê não vai entender a história, mas não é esse o ponto. O importante é aproveitar a oportunidade para criar um delicioso ritual entre a mãe e o bebê, e ao mesmo tempo acostumá-lo com sua voz.”

Primeira infância

Diferentemente do que muitos pais acreditam, o livro oferece mais do que treino para a alfabetização. É uma atividade completa: ajuda a conhecer costumes, idiomas e a riqueza que o mundo oferece. Quanto mais cedo começar, mais curiosa e preparada para conviver com as diferenças será a criança. “A leitura na primeira infância deve ser entendida como uma das necessidades básicas, fundamentais a serem supridas mesmo antes do nascimento”, acredita Dolores Prades, expert em livros infantis, organizadora do evento Conversas ao Pé da Página, que reúne escritores, ilustradores e editores de literatura infantil duas vezes por ano em São Paulo, e coordenadora da revista especializada em literatura infantil Emília.

Montar uma biblioteca desde a primeira infância é um passo importante para a familiarização das crianças com os livros e para ajudar a incorporar a leitura ao seu cotidiano. O mercado oferece muitas opções e possibilidades, mas sempre é bom pensar em estilos, formatos e gêneros diversos. “Nada melhor do que crescer em contato com múltiplas manifestações artísticas e culturais. Para isso, os clássicos, dos mais antigos aos mais contemporâneos, nacionais e internacionais, são sempre um bom começo”, finaliza Dolores.

Fonte: Bebê.com.br

V